O número de casos de acidentes domésticos com crianças assusta. A cada ano que passa, eles crescem no Brasil e são responsáveis por 40% das mortes...
Criança é curiosa e tem necessidade de explorar tudo o que está a sua volta. É através das descobertas que ela interage com o mundo e quer entender como tudo funciona, inclusive a rotina que vivencia em seu lar.
A casa é um espaço de grande referência para criança, pois é ali que ela vive suas primeiras experiências e a todo o momento observa a rotina e o papel dos pais e demais adultos nas atividades domésticas.
Muitas coisas no cotidiano da casa são atrativas e quem tem filhos pequenos sabe o quanto chama a atenção uma “fumacinha” da panela quente no fogão, os remédios coloridos do armário, os buracos das tomadas, o ferro de passar roupa, a luz do forno do fogão, o barulho da máquina de lavar, do liquidificador...
Atualmente também a casa tem sido um espaço de diversão, já que por conta da violência urbana e do trânsito intenso nas ruas, os pais sentem-se inseguros em deixar os filhos brincar fora de casa.
Atualmente também a casa tem sido um espaço de diversão, já que por conta da violência urbana e do trânsito intenso nas ruas, os pais sentem-se inseguros em deixar os filhos brincar fora de casa.
Dados atuais afirmam que 49% das crianças no Brasil usam o quarto como espaço para lazer. Enfim, são muitas as novidades que o ambiente doméstico oferece, e é aí que mora o perigo, pois, bastam alguns segundos de distração dos pais ou responsáveis, para que os acidentes aconteçam.
Os números do problema
O número de casos de acidentes domésticos com crianças assusta por seu crescimento no Brasil nos últimos tempos. Cerca de 40% dos acidentes com morte são com crianças.
De acordo com um estudo feito pela ONG Criança Segura, com base nos dados do IBGE e Ministério da Saúde, cerca de 6 mil crianças morrem vítimas de acidentes e 140 mil são hospitalizadas.
O número de casos de acidentes domésticos com crianças assusta por seu crescimento no Brasil nos últimos tempos. Cerca de 40% dos acidentes com morte são com crianças.
De acordo com um estudo feito pela ONG Criança Segura, com base nos dados do IBGE e Ministério da Saúde, cerca de 6 mil crianças morrem vítimas de acidentes e 140 mil são hospitalizadas.
Os mais frequentes são: quedas, queimaduras, intoxicações, afogamentos, estrangulamentos e sufocações. É importante ressaltar que não só os muito pequenos estão sujeitos à acidentes dentro de casa, mas também os adolescentes. A pesquisa indica que a faixa etária atingida varia entre 0 e 14 anos.
O alto índice de acidentes domésticos com crianças merece reflexão e atenção maior dos pais. As causas dos acidentes domésticos normalmente estão relacionadas à falta de cuidados básicos dentro de casa, de segurança, a negligência dos responsáveis ou até mesmo uma simples distração.
O alto índice de acidentes domésticos com crianças merece reflexão e atenção maior dos pais. As causas dos acidentes domésticos normalmente estão relacionadas à falta de cuidados básicos dentro de casa, de segurança, a negligência dos responsáveis ou até mesmo uma simples distração.
Muitas vezes, no corre-corre da vida moderna e em meio a tantas questões que os pais são obrigados a lidarem no seu dia-a-dia, não é dada a devida importância à prevenção nos diversos ambientes da casa.
O ambiente doméstico também traz aos pais uma sensação de segurança e muitos acreditam que dentro de seus lares os filhos estarão seguros e acabam relaxando e não se prevenindo.
O ambiente doméstico também traz aos pais uma sensação de segurança e muitos acreditam que dentro de seus lares os filhos estarão seguros e acabam relaxando e não se prevenindo.
Dá sim para evitar
Ao contrário do que os pais pensam, em cerca de 95% dos casos de acidente (que implica em uma situação imprevisível) podem ser evitados.
É fundamental cuidar do ambiente da casa e realizar pequenas mudanças de acordo com a faixa etária e o interesse da criança. Medidas simples e sem altos custos fazem toda a diferença. E é importante lembrar que: a casa deve se adaptar a criança e não a criança à casa.
É fundamental cuidar do ambiente da casa e realizar pequenas mudanças de acordo com a faixa etária e o interesse da criança. Medidas simples e sem altos custos fazem toda a diferença. E é importante lembrar que: a casa deve se adaptar a criança e não a criança à casa.
Os pais precisam saber que cada etapa da Infância oferece seus riscos. Veja algumas dicas de prevenção de acordo com cada faixa etária:
De 0 a 2 anos
O maior índice de acidentes acorre nesta fase. Nesta etapa, eles manipulam e colocam com frequência objetos a boca. Os acidentes tornam-se mais frequentes quando a criança começa a virar, engatinhar e alcançar as coisas.
Prevenção:
- Teste sempre a água do banho com o cotovelo.
- Nunca deixe a criança sozinha no trocador.
- Proteja tomadas e janelas.
- Instale redes de proteção nas janelas, varandas e escadas.
- Deixe móveis que servem de trampolim longe das áreas de risco.
- Evite a entrada de crianças na cozinha e nos banheiros.
- Atenção redobrada com piscinas, banheiras plásticas, tanques, baldes e bacias (nesta fase, há muitos casos de afogamentos de crianças).
- Tome cuidado com medicamentos, produtos químicos, materiais de limpeza e cosméticos.
- Mantenha alfinetes, botões, fósforos, tesouras, facas e outros objetos pequenos ou cortantes fora do alcance das crianças.
- Oriente babás e empregadas sobre os riscos domésticos.
- Sacos plásticos, fios de telefone longos e travesseiros podem asfixiar ou estrangular.
- Os brinquedos merecem total atenção: devem ser grandes para não serem engolidos. Os pais devem seguir as recomendações do fabricante e ficarem atentos ao selo do Inmetro.
- Nunca deixe a criança sozinha no trocador.
- Proteja tomadas e janelas.
- Instale redes de proteção nas janelas, varandas e escadas.
- Deixe móveis que servem de trampolim longe das áreas de risco.
- Evite a entrada de crianças na cozinha e nos banheiros.
- Atenção redobrada com piscinas, banheiras plásticas, tanques, baldes e bacias (nesta fase, há muitos casos de afogamentos de crianças).
- Tome cuidado com medicamentos, produtos químicos, materiais de limpeza e cosméticos.
- Mantenha alfinetes, botões, fósforos, tesouras, facas e outros objetos pequenos ou cortantes fora do alcance das crianças.
- Oriente babás e empregadas sobre os riscos domésticos.
- Sacos plásticos, fios de telefone longos e travesseiros podem asfixiar ou estrangular.
- Os brinquedos merecem total atenção: devem ser grandes para não serem engolidos. Os pais devem seguir as recomendações do fabricante e ficarem atentos ao selo do Inmetro.
De 2 a 7 anos
Nesta fase a criança começa entrar no mundo dos símbolos e brinca de faz-de-conta com intensidade. É a fase de imitar os famosos super-heróis. Gosta de escalar, subir, descer, é investigadora e abre portas e gavetas retirando coisas de armários. Nesta fase são muito comuns quedas, cortes e intoxicações, principalmente com remédios.
Prevenção:
- Proteja as tomadas e as janelas.
- Tome cuidado com medicamentos, produtos químicos e materiais de limpeza.
- Facas e objetos cortantes devem estar fora do alcance das crianças.
- Cuidados com fósforo e isqueiros.
- Atenção redobrada com piscinas.
- Verifique o quê as crianças assistem na tevê.
- Converse com a criança, alerte-as sobre os perigos e estabeleça combinados e regras dentro de casa.
- Desenhos feitos por elas podem ser espalhados pela casa indicando perigo.
- Proteja as tomadas e as janelas.
- Tome cuidado com medicamentos, produtos químicos e materiais de limpeza.
- Facas e objetos cortantes devem estar fora do alcance das crianças.
- Cuidados com fósforo e isqueiros.
- Atenção redobrada com piscinas.
- Verifique o quê as crianças assistem na tevê.
- Converse com a criança, alerte-as sobre os perigos e estabeleça combinados e regras dentro de casa.
- Desenhos feitos por elas podem ser espalhados pela casa indicando perigo.
- Brinquedos que imitam a realidade (fogão, ferro de passar, panelinhas, bonecas) ajudam as crianças a compreender os perigos e podem amenizar a curiosidade.
De 7 a 14 anos
Passam a ter maior compreensão do mundo e descobrem uma série de regras para interagir com as pessoas. São intensas observadoras, tem maior autonomia achando que sabem de tudo e são argumentadoras. Querem ser líderes e aceitas nos seus grupos, buscando, muitas vezes, aventuras e atitudes radicais.
Prevenção:
- Facas e objetos cortantes devem estar fora do alcance das crianças.
- Atenção redobrada com fósforo, isqueiros e fogão.
- Nunca deixe a criança usar a piscina sem a supervisão de um adulto.
- Nunca deixe as crianças sozinhas em casa.
- Cuidado redobrado com o uso dos eletrodomésticos, já que nesta fase, muitas crianças querem aprender a usá-los e manuseá-los. Ainda existe um grande índice de acidentes, por isso, além das medidas, oriente sobre os perigos domésticos.
- Facas e objetos cortantes devem estar fora do alcance das crianças.
- Atenção redobrada com fósforo, isqueiros e fogão.
- Nunca deixe a criança usar a piscina sem a supervisão de um adulto.
- Nunca deixe as crianças sozinhas em casa.
- Cuidado redobrado com o uso dos eletrodomésticos, já que nesta fase, muitas crianças querem aprender a usá-los e manuseá-los. Ainda existe um grande índice de acidentes, por isso, além das medidas, oriente sobre os perigos domésticos.
Acidentes domésticos merecem atenção e fazem parte do processo educativo dos pais para com seus filhos. Pediatras, professores e demais profissionais também devem orientar e informar os pais ou responsáveis sobre as medidas preventivas.
Fonte:
*Marcele Baldner é pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia, e ministra o módulo Desenvolvimento Infantil: Jogos, Brinquedos e Educação no curso de formação de babás da Kanguruh
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