A discussão já durava anos. De um lado, a Receita Federal dos Estados Unidos e, do outro, congressistas com o apoio de grupos de amamentação. O governo insistia que as bombas para extrair leite materno seriam equipamento de alimentação e, por isso, não fariam parte do grupo que recebe dedução fiscal. Agora, mães e grávidas podem comemorar. Na semana passada, concluiu-se que o acessório é um equipamento médico, portanto, serão dedutíveis, sim.O congressista de Michigan, Sandy Levin, que estava à frente da luta pela aprovação da proposta, disse em uma carta à Receita Federal que as bombas fazem parte das “despesas médicas essenciais que são vitais para a saúde da criança”. Em resposta, Douglas Schulman, membro da Receita, reconheceu e declarou: “Depois de analisar este assunto, concluímos que as bombas usadas para extrair leite e acessórios que ajudam a lactação são cuidados médicos sob a seção 213 (d) do Internal Revenue Code (Código), porque eles têm o propósito de afetar uma estrutura ou função do corpo da mulher que está amamentando”.
Espera-se que essa medida incentive as mães a amamentarem por mais tempo. Afinal, além dos benefícios para a saúde, o aleitamento também influencia a economia indiretamente: a longo prazo, bebês amamentados são mais saudáveis e, portanto, isso pode causar a diminuição de gastos com remédios, tratamentos e outros custos por causa de doenças.
"Globalmente, é uma pequena quantidade monetária, mas o importante é que o governo reconheceu o valor que a amamentação tem", comentou Ashley Boyd, diretor de campanha do MomsRising, uma organização com mais de 1 milhão de pessoas que defendem políticas favoráveis à família
No Brasil, não existe proposta parecida. As mulheres que pretendem continuar amamentando depois de voltar ao trabalho - ou querem estocar leite por outra razão - têm de gastar, em média, 500 reais (!) na compra de uma bomba elétrica ou até 190 reais em uma versão mecânica. Há também empresas que alugam esse tipo de equipamento pela internet, o que pode sair em torno de 80 reais ao mês (nos modelos elétricos).
Fonte: Revista Crescer
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